Entre minha mãe e minhas filhas: bolo de coco, chapéu de bruxa e casa nova

Minha mãe, de quem herdei, além da risada, o gosto por cabelo volumoso, argolas e relojinho de pulso <3.

Ser mãe é a eterna imagem da cartolina que precisa ser comprada no domingo de noite. 🙂
Dia 8 comemoramos o aniversáro de 89 anos de minha mãe e minhas irmãs festeiras organizaram um lindíssimo brunch, no qual minha parte era prepapar o clássico de todas as festas de nossa família: ¨Bolo de coco gelado-embrulhadinho“.

Na quinta eu sai para comprar as coisas, para na sexta, depois da aula começar a preparar. Em tese tava tudo sob controle. Mas a cartolina de domingo se apresentou na forma da minha filha do meio, sempre cheia de ideias, e que chegou na minha casa com um pedido:

“mãe, socorro, preciso de um chapéu de bruxa pra amanhã. Tentei fazer mas tá dando errado”

Ela chegou perto! Mas a ideia de colar o tecido no EVA deu errado, porque o peso deixou a aba desabada 🙂

Como em toda boa história de mãe e filha na sessão da tarde, a solução veio da flexibilidade e cooperação diante da bagunça: trocamos as tarefas. Ela foi fazer o bolo; eu, o chapéu.


Já costurei vários deste modelo lindo, cujo molde comprei da Keiko Lynn: https://keikolynn.com/2023/09/secret-witch-hat-tutorial/


Desta vez a ideia era uma bruxa toda rosa, bem algodão-doce.

A bruxa festeira, em vários tons de rosa, fitas, uma capa de tule, um ar de suspiro.

Este chapéu é tudo! Dupla face — de um lado, bruxa clássica; do outro, cata-ovo para proteger a identidade secreta e a cara, nem tão malvada, do sol .

Um disfarce quase perfeito, pois a gatinha preta entrega, hahaha. Foco na beleza das gatas 🙂

O figurino foi um achado de brechó : um robe de renda e um vestido meio infantil custando quase nada.
E assim ela se transformou numa bruxa fofa, divertida.

Relato da festa: ela chegou toda produzida, e descobriu que… quase ninguém mais estava fantasiado. Impossível não lembrar de Legalmente Loira, naquela cena em que a Elle Woods chega de coelhinha rosa numa festa que não era à fantasia.

Mas, como me dizia minha mãe: “quem inventa, aguenta”, hehehehe. Curtiu a festa, bem plena. Fez do estranhamento um encanto.

E o bolo? Ficou ótimo! Eu uso esta receita aqui:
https://thecookieshop.wordpress.com/2011/05/11/brasil-mostra-a-sua-cara-bolo-de-coco-embrulhadinho/

Demos uma pequena exagerada e tive que emapanar e embrulhar 70 pedaços! Toda festa achamos que vai faltar comida e no fim saímos para comprar embalagens para dividir as coisas para levar para casa ! Olha a “pequena mesa”, feita de desvelo de cada filha, filho, netos.

Viva a Netinha!

Minha mãe soprou suas 89 velas com aquele sorriso que só quem já viu muita vida sabe dar.

Dona Netinha e sua linda prole. Feliz Aniversário, mãe.


Tudo são jeitos de amar: a cozinha, a costura, saber festejar. No empenho entre gerações, pensei que ser mãe e manter os filhos e filhas por perto exige flexibilidade,
um eterno improviso cheio de carinho.


Notas de bastidor

E enquanto tudo isso rolava eu acompanhava, por fotos e mensagens, a minha filha mais velha, que estava de mudança para sua casa nova. Uma vida a dois novinha se inaugurou neste mesmo fim de semana. Começou cercada pela energia mágica de uma egrégora familiar que sabe estar junta, para segurar b.o e para rir e celebrar. Felicidades Laurinha e Cris!

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